quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Capitulo 6

  Faziam apenas dois minutos desde que Sean havia me mandado um SMS pela ultima vez, perguntando se eu estava melhor.Novamente  meu Blackberry vibrou,era ele.Talvez tivesse sido um erro ter dito que eu estava passando mal,mas eu precisa de alguma desculpa para não ir a festa.Foi fácil convencer meus pais e depois,liguei pra ele contando a situação,tudo resolvido.Porém,meu irmão foi até meu quarto,ele parou em frente a porta,encostou a cabeça na parede e me observou com um sorriso quase que de deboche.Ele nem sequer se mexia.
-O que você quer? -Perguntei fingindo estar rouca e cansada.
-Eu sei o que está fazendo. 
-Não faço a menor ideia do que está falando.
-Qual é,ninguém adoece da noite pro dia.
-Bom,mas aconteceu.
-Pode ter dobrado a mãe e o pai mas não vai conseguir fazer o mesmo comigo.
-Olha eu estou aqui,com uma enorme dor de cabeça e você fica me acusando?
-Da pra ver a compressa quente debaixo do seu travesseiro.
     Revirei os olhos e levantei,droga ele havia visto.
-Quanto quer pra manter a boca fechada?
-Em outras circunstâncias eu poderia pedir dinheiro mas,hoje não.
-Ai,então o que quer?
-Você vem pra festa comigo.
-Sem chance.
-Olha maninha,continuar escondendo o que sente pelo Sean não vai te ajudar em nada.
-Como é?Acha que eu não vou por causa do Sean?
-Tenho certeza.Está com medo de dizer a ele o que sente e por isso decidiu evitá-lo.Mas aqui vai uma dica,garotos gostam de meninas sinceras.Viu?Eu entendo sobre mulheres também.
-Anda lendo revistas feminias?
-Elas são muito instrutivas.
-Só pode estar louco.  
-E então,você vem?
-Não.Agora se me der licença... -Deitei bruscamente na cama.
-Você não quer que eu envolva nossos pais nisso quer?
   Arregalei os olhos e levantei novamente.
-Não faria isso.
-Ah,não? -Ele sorriu e então gritou. -Mãe,pai a Vanessa quer dizer uma coisa a vocês!
   Eu levantei da cama quase que me jogando em direção a ele,tentando esganá-lo ou algo parecido até que nossos pais apareceram na porta.
-O que é querida? -Disse papai docilmente.
-Hun...Só... -Gaguejei por alguns instantes e David se intrometeu.
-Ela ia dizer que se recuperou e pode ir a festa do Sean comigo.Certo?
   Olhei para ele furiosamente e então balancei a cabeça lentamente.
-Que ótimo! -Gritou mamãe.
    Obrigatoriamente pode-se dizer,me arrumei e desci.Ele e meu pai estavam na sala.
-Está linda,filha!
-Concordo pai.Quem sabe ela não se vestiu para alguém em especial? -David piscou.
-Podemos ir logo e acabar com isso?! -Resmunguei alterada.
-Claro,se acalma V,o Sean vai gostar. 
    Ele realmente pensava que estava me ajudando?Bom,posso dizer que não.A pior coisa que poderia acontecer naquela noite seria ir até lá.Entramos no carro e eu dirigi,quase que a quarenta quilômetros por hora.Meu pé lutava contra o acelerador,queria muito voltar.Muitos diziam que as festas dos Farris eram memoráveis,pelo fato de serem ricos e terem uma casa de mais de um milhão de dólares com uma piscina enorme e seus vinte e sete cômodos.Para mim,tudo não passava de uma mentira deslavada,o que realmente acontecia era uma invasão de barris de cerveja,garotas que forçavam suas roupas curtas a ficarem mais curtas e uma ressaca imensa para o dia seguinte.Ou se você preferisse o termo técnico, eram os locais aonde trogloditas podiam ser ainda mais trogloditas. Viramos a principal e dobramos mas umas esquerdas e direitas até chegarmos a "mansão Farris". Meu estômago embrulhou.Foi preciso que eu apenas saísse do carro para que instantaneamente o cheiro de bebida alcoólica penetrasse em minhas narinas.Quanto mais adentrávamos na casa mais o cheiro se fortalecia.
-Aí David! -Gritou uma voz vinda de trás.Nos viramos e lá estava Eric Farris,o irmão mais novo de Sean Farris vindo em nossa direção.
-E aí,cara?Olha,essa festa ta demais! - Disse meu irmão.
-Valeu!O Sean quis se superar dessa vez.
-E conseguiu.Talvez porque ele quisesse impressionar alguém. -Demorei alguns instantes para ver que David estava apontando pra mim.Eric riu e complementou:
-Por falar nisso Finlândia,ele ta te procurando. 
-Você também com isso? -Droga,se eu soubesse que esse apelido ia pegar,com certeza teria dito ao Sean que a Europa não ficava nem perto de lá. -Eu vou até o quintal.
-Vê se não foge! -Meu irmão gritou.Eric acenou um tchau para mim e os dois foram até a mesa de de pebolim jogar um pouco.
    Eu havia saído um pouco do ambiente fechado da casa  para tentar ao menos diminuir o cheiro da bebida impregnada por todos os lados mas não adiantou.Como eu sentia falta de Londres,pelo menos lá a cerveja não era tão amarga,as festas eram mais...civilizadas e os rapazes menos mal-educados.E como sentia falta de Zac.Uma parte de mim,havia vindo a festa na esperança de talvez,só talvez, encontrá-lo.Ele estaria parado na frente da casa,me olhando cheio de desejo e viria ao meu encontro. Mas,dããããã,ele era um professor e professores não frequentavam festas de alunos.Todas as manhãs, ao entrar na sala sentia um grande aperto em meu coração.Estar lá e ter que fingir que ele era apenas o professor novo e sexy da escola,um completo desconhecido,alguém tão pouco importante, era muito doloroso.Na aula anterior eu havia conseguido provocar ciúmes nele mas,seria o bastante para fazê-lo entender que nós dois devíamos ficar juntos?Talvez,não fosse certo,mas é como dizem,o amor nos afeta por inteiro, esquecemos de qual é a melhor alternativa,ou o que seria prudente. Fazemos loucuras por quem amamos.Eu sempre sentava nas primeiras carteiras,estava tão perto dele e ainda sim tão distante.Por que tudo tinha de ser complicado?Decidi voltar para dentro da casa,vi uma cabine de fotos logo que entrei.Talvez,pudesse ser interessante,isso me manteria ocupada e longe dos meus pensamentos,além de ser um bom esconderijo,caso desse de encontro com Sean. Entrei e sem perceber,acabei ficando,talvez mais de  30 minutos tirando fotos de mim mesma. Cansada saí.Eu estava certa,o relógio pregado na parede marcava 22:45,ou seja haviam se passado mais de uma hora.Agora, talvez eu pudesse inventar alguma coisa e ir embora.Fui procurar David mas nesse momento esbarrei em alguém e deixei cair as fotos reveladas da cabine que estavam nas minhas mãos.   
-Finlândia!Procurei você por todo o lado! 
    Não foi mistério adivinhar quem era,dei um sorriso amargo.O observei melhor e...céus!Estava nu, exceto pelas cuecas Calvin Klein,que estavam molhadas e pegajosas.Ele segurava um copo amarelo de plástico.De repente começou a chacoalhar o cabelo,espirrando água na minha minissaia APC.
-Por que você está todo molhado? -Perguntei enquanto tentava me enxugar.
-Nós estávamos jogando polo aquático.
-Nós?
    Dei uma olhada para a piscina não muito distante.Os meninos arremessavam uma bola uns para os outros,enquanto também davam cabeçadas ou chutes para se defender.À margem garotas usando,em sua maioria,vestidos Alberta Ferrari quase idênticos estavam juntas,olhando para eles,fofocando e dando risadinhas.Para além das cercas vivas,não muito longe dali,vi meu irmão.Ele estava com uma garota que vestia uma sainha e usava saltos plataforma.Sean seguiu meus olhos.
-É uma daquelas meninas do colégio vizinho ao nosso,só para garotas. - Murmurou ele, -Elas são doidas.
   David olhou para cima e nos viu juntos.Ele lançou-me um sorriso malicioso e um aceno aprovador com as mãos.
   Sean se abaixou e pegou as minhas fotos que ainda estavam caídas pelo chão.
-Elas estão incríveis.Você ta linda.
    Dei uma olhada.Haviam fotos aonde eu tinha feito caretas e ficado séria,as últimas eu tinha feito caras sexy e provocantes,ou pelo menos tentado.
-Sean! -Logan Freed chamou de outro lado do gramado.
-O barril está vazio!
-Ah,droga -Ele xingou.Em seguida deu um beijo molhado em minha bochecha.- Eu vou ver se descolo mais bebidas,trago uma pra você depois.Não vá embora.
-Aham. -Concordei com bom-humor,vendo-o afastar-se,com a cueca escorregando e deixando à mostra seu bumbum branco de bem-definido.
-Ele de você sabia mesmo gosta?
     Virei-me a tempo de ver Lindsay Campbell,sentada no chão,a poucos metros.O cabelo formava círculos em volta de seu rosto e seus enormes óculos escuros de aros dourados tinham escorregado pelo nariz.O irmão de Sean,Eric,estava erguendo a mão para que ela conseguisse se levantar.
-O gostoso tão é Sean!Adoraria eu estar no lugar seu.Ótimo um seria namorado ele. 
-O que? -Disse com uma expressão totalmente confusa.Eric riu descontroladamente.
-Ela bebeu tanto que não se aguenta em pé e não diz uma palavra que faça sentido.
     Enquanto eu esquadrinhava o cérebro,procurando alguma coisa para dizer,meu celular tocou.O alcancei em minha bolsa e olhei o número para ver quem estava chamando.Número desconhecido. Atendi com uma voz insegura.
-Hum...alô? - Disse bem baixinho.
-Vanessa?
-...Oi,quem fala?
-Sou eu,Zac.
   Ele ainda tinha o número?Ah,meu Deus.Ah,meu Deus!
-Oi e aí? -Tentei parecer o mais controlada e tranquila possível.
-Estou em casa,bebendo algo,pensando sobre o que me disse.
   Fiquei muda,fechei os olhos e fui invadida  por uma onda de felicidade .  
-É mesmo?
-Sim.Vôcê está naquela grande festa?
-Aham.
-Está se divertindo?
Não consegui me controlar e ri.
-Na verdade não.
-Ouvi dizer que seria uma festa legal.
-Bom,para mim não está sendo.Vim obrigada para esta festa ridícula.E ainda tem um cara ridículo que...ai,sorte que você me ligou,pelo menos uma coisa boa.
-Fico feliz por ajudar.Já que está tão entendiada podia vir aqui,preciso falar uma coisa para você.
-Claro.
-Assim que estiver indo me retorne.
-Tudo bem.
   Quando desliguei,estava tão ecantada que sentia como se estivesse acima das nuvens.Ele havia pensado sobre oque eu tinha dito?Ele queria me dizer algo?Imaginei inúmeras possibilidades,sobre aquelas poucas,porém doces e gentis palavras.Foram tão preciosas,como uma linda melodia,algo reconfortante depois da noite estranha que estava tendo.Queria ousar algo,como Adriana Peoples,a garota da escola católica que estava sentada no último degrau da escada principal,fumando um cigarro de cravo.Ou Liam Olsen,o jogador de hóquei que estava dando uns amassos na ex-namorada.Ou apenas ficar por mais algum tempo ali,como Sean Farris,que estava parado atrás de mim,com o copo de cerveja na mão,parecendo chateado e sentindo-se um inútil.Quando meu cérebro registrou que Sean era,bem, Sean,meu estômago se contraiu.
Hum,oi. -disse apressada.-Há quanto tempo...há quanto tempo está aí?
    Pela expressão em seu rosto percebi que ele estava ali por tempo suficiente.
-Ouça -Suspirei.Era melhor cortar o mal pela raiz.- A verdade,Sean ,é que e espero que você não pense que vai acontecer alguma coisa com a gente.Eu...gosto de outra pessoa.
   Primeiro ele pareceu espantado.Depois,magoado;então envergonhado,e,por fim,furioso.As emoções passaram tão rápido pelo rosto dele que era como assistir a um pôr do sol em câmera acelerada.
-Eu sei. -Ele apontou para meu BlackBerry.- Eu ouvi a conversa.
     Lógico que ele havia ouvido.
-Sinto muito. -respondi.- Mas...
     Ele levantou a mão para me interromper.
-Então por que aceitar vir comigo,quando podia vir com ele?Ou será que ele é algum cara que seus pais não aprovariam?Daí você vem comigo pra desviar a atenção?
-Não se trata disso - Disse depressa,sentindo-me incomodada.Eu era tão transparente assim,ou Sean era simplesmente um bom adivinhador?-É...é difícil de explicar.Eu não vinha a festa,David me obrigou,eu não queria magoar você.
-E sobre o que disse na classe?Ainda acha meu sorriso bonito? -Ele riu de deboche.
-Eu me senti mal por aquilo mas,eu nem sequer sabia o que estava fazendo,por favor...
-Não me interessa.Acho que deve ir embora,além do mais pra que ficar aqui quando seu admirador secreto te espera.Vai lá,retorne para ele e seja feliz.
-Sean...
    Tentei me aproximar mas,ele recuou e gritou:
-Vá embora!
  Depois saiu por entre a multidão aglomerada que estava gargalhando e bebendo mais cerveja.Uma sensação desconfortável me invadiu. Eu,definitivamente,havia escolhido o garoto errado para fingir estar interessada.Teria sido melhor ir à festa com Ryan Vreeland,que estava no armário;ou Thayer Anderson,interessado demais no basketball para  levar qualquer garota a sério.Corri para a tenda principal e olhei ao redor; devia,pelo menos pedir desculpas a ele.O lugar inteiro estava iluminado por velas,de modo que era difícil encontrar alguém.Identifiquei Nolan Morgan e uma garota da escola Quaker na pista de dança,bebendo da garrafinha de uísque.Naomi Zeigler e James Freed estavam cantando uma música da Avril Lavigne que eu não suportava na mesa de Karaokê.Mason Byers e Alexa Arliss estavam se beijando.Kirsten Cullen e Bethany Wells cochichando em outro canto.Era ridículo continuar procurando,ele deveria estar nesse exato momento,rindo e debochando de mim para os amiguinhos.Meu BlackBerry vibrou.Tinha uma nova mensagem:"Você vem?".Era de um número desconhecido mas,ao lê-lo,soube exatamente quem era.O que eu deveria fazer?Continuar procurando Sean ou ir até a casa de Zac?Claro,eu estava péssima pelo que havia acontecido,na verdade muito mais agora,apesar dele ser...ele,eu não pretendia fazê-lo sentir-se mal,até tinha me arrependido por tê-lo usado de tal maneira no dia anterior,mas,eu poderia concertar aquilo na escola.Já a outra opção era única,e uma parte de mim rezava para que eu a escolhesse.Mandei uma mensagem dizendo para David que eu ia embora e ele respondeu,dizendo ficaria mais um pouco e que uns amigos o deixariam em casa depois,pefeito.Segui para o carro e como pedido, retornei a ligação.Zac foi ensinando como chegar lá,mas eu sabia aonde era,como em Londres,pesquisei o endereço dele no MapQuest e no GoogleEarth,mas não podia contar isso a ele. 
-Vejo você daqui a pouco. -Disse,desliguei e enfiei o telefone na bolsa o mais tranquilamente possível.
  Dei ignição no carro e parti,a mansão dos Farris ficava mais distante a cada segundo e uma sensação de alívio pairava sobre mim.Fui dirigindo em direção a casa de Zac conforme ele havia instruído.Boa parte de Portland era formada por propriedades particulares e haras restauradas de cinquenta acres,mas perto do colégio havia uma porção de ruas irregulares,de pedra,cheias de casas vitorianas caindo aos pedaços.As casas do condomínio Old Hollis eram pintadas de cores malucas como roxo,rosa-pink e verde azulado,e geralmente eram divididas em apartamentos e alugadas para estudantes.Minha família havia morado em uma casa dessas até eu completar cinco anos,e meu pai pai conseguir seu primeiro emprego dando aulas na faculdade.
   Parei em frente a um apartamento com 6 andares,de cor rubro meio desgastada.Depois que estacionei e subi os degraus,toquei a campainha.A porta se abriu e lá estava ele.
-Olá. -Disse entusiasmada.
-Oi.
-Posso entrar?
-Claro.
   Paramos em frente a um vestíbulo.À frente,uma escada com carpete  em diferentes estados de conservação a cada degrau.Chegando ao andar superior,à direita,a porta estava aberta.
-Esse é o meu apartamento.
    Entrei e vi uma banheira de pezinhos bem no meio da sala.Apontei.
-É pesada demais para movê-la. explicou ele,envergonhado. -Então eu guardo livros nela.
-Legal -Olhei ao redor,reparando na bay window enorme,nas prateleiras embutidas cheias de pó e no sofá amarelo todo detonado.Tinha um leve cheiro de macarrão com queijo,mas havia um lustre de cristal pendurado no teto,um lindo mosaico de cerâmica em volta da lareira e madeira de verdade dentro dela.Fazia muito mais o meu estilo do que a mansão dos Farris.
-Eu super adoraria viver aqui. Declarei.
-Então sobre o que você disse...
-...Sim? -Logo que ele começou a falar senti meu coração saltar.
-Eu pensei bem e resolvi dar mais uma chance a você,Sean tinha razão. 
   Quando meus tímpanos detectaram aquela frase,devo ter feito a expressão mais confusa do mundo pois não entendi nada.O que Sean tinha haver com isso?Deus do céu,ele havia ouvido o que Sean tinha dito?Eu teria cometido a estupidez de não teclar "encerrar chamada"?
-Desculpe...eu não entendi.
-O trabalho.
-O...trabalho? -Continuava sem entender.
-Eu sei que é meio tarde,mas amanhã eu tenho um compromisso então resolvi lhe passar hoje,você pode entregar na segunda,ou na terça.
-Espere,então...me chamou até aqui,por causa do segundo trabalho que eu tinha pedido?
-Foi uma hora ruim?Eu sinto muito,não quis atrapalhar...
-Não,foi uma hora boa mas...foi pra isso mesmo que me chamou aqui?
-Claro para que mais seria? -Ele disse rindo.
    O que?Então todo o tempo,o que ele havia dito:Pensei sobre o que você tinha dito;Preciso te dizer algo.Tudo era por causa do trabalho idiota no qual eu havia me saído mal e havia pedido outra chance mas que naquele momento nem sequer lembrava?
-Eu...tenho que ir. -Havia um folheto em cima da mesa que dizia:"Para Vanessa Hudgens",o peguei de imediato. -É esse o trabalho?Pode deixar vou fazer.Tchau.
-Mas eu ainda nem te disse oque fazer.
-Se tiver alguma dúvida eu ligo ta?
    Saí rapidamente descendo as escadas em direção ao carro.Que noite!Quando se pensa que nada pode piorar...seria melhor ter ido direto pra casa.Nada havia sido como eu planejei,novamente eu fracassei, em tudo.Com Sean,com Zac,ainda faltava alguma coisa?Corri e entrei no carro batendo a porta bruscamente.Dei a ignição e pisei no acelerador,seguindo o mais rápido possível para casa.O quanto antes chegasse em casa,mas rápido poderia ir para o quarto e me deitar na cama,cobrindo-me com o edredom,dos pés a cabeça,o que já havia se tornado um hábito.Cada vez me sentia mais como a garota de Portland e menos como a garota londrina.Seguia o mais rápido possível pisando com mais força no carro,mas,passado-se algumas quadras,em vez de continuar em frente,as luzes do interior do carro se apagaram,e o automóvel começou a descer de ré,pois a rua era um pouco ingrime.
-Droga. -Sussurrei,puxando o freio de mão.Quando tentei dar a ignição novamente,o carro nem sequer deu a partida,olhei pela tela do visor,o tanque estava vazio.Como eu não tinha visto?Provavelmente, enquanto vinha para casa de Zac -o que foi uma perda de tempo- o motor já estava na reserva.O som de um trovão ecoou e a chuva começou a despencar do céu.Mexi na bolsa,pensando se deveria chamar um guincho,ou meus pais para buscar-me, mas,depois que peguei meu telefone vi que estava sem sinal. Ótimo.A chuva caía tão forte que o para-brisa e as janelas embaçaram.
-Ah,meu Deus -sussurrei,sentindo-me claustrofóbica.Comecei a ver pontinhos pretos em minha frente. Conhecia essa sensação de ansiedade:era um ataque de pânico.Havia tido um quando meu pai disse que voltaríamos para Oregon.Acalme-se,disse a mim mesma.É só chuva.Respirei profundamente duas vezes para me acalmar,tampei os ouvidos com os dedos e comecei a cantar  "Frère Jacques" -por alguma razão,a versão em francês funcionou.Depois de cantar a música três vezes,os pontinhos pretos começaram a desaparecer.A chuva perdera a força de furacão e estava apenas torrencial.O que eu precisava fazer era andar até a casa da fazenda pela qual havia passado e perguntar se podia usar usar o telefone deles.Mantive a porta do carro aberta,respirei fundo e comecei a correr.Uma rajada de vento ergueu minha mini-saia e acabei enfiando o pé em uma poça de lama enorme.A água entrou por entre minha sandália de salto alto.
-Que inferno. -Resmunguei.
   Estava apenas a alguns metros de distância da casa quando um Fusion prateado passou.Ele parou a alguns metros de distância e deu a ré devagar até chegar perto de mim,depois abriu a porta.
-Entre rápido.
   Com a força da chuva eu não pude ver direito quem era.Porém eu estava tão molhada e o carro parecia muito aconchegante.Corri até ele,sentei no banco e fechei a porta.
-Zac?O que está fazendo aqui?
-O que houve com seu carro?
-Ele...está sem gasolina.
-Por que não chamou o guincho?
-Meu celular está sem sinal.
-Quer usar o meu?
-Sim,por favor.
-Tenho o número de um... - Ele tirou o celular do bolso mas em seguida sua expressão pareceu um tanto  desanimadora - O meu também não tem sinal.
-Ótimo.
-Quer ir ao posto mais próximo?Podemos pegar um pouco de gasolina e pôr no seu carro.
-Tudo bem.
   Quando chegamos,Zac foi até o porta-malas, haviam algumas garrafas de plástico vazias,ele as pegou e levou ao tanque.Quando voltou,já trazia consigo as garrafas cheias.Ao entrar no carro,ele também estava ensopado, aumentou o aquecimento do carro e  virou o volante,retornando para onde estávamos.
-Posso perguntar uma coisa?
-Claro.
-Por que está aqui?
-Eu fiquei preocupado.
-Com o trabalho ou comigo? 
   Zac riu timidamente e depois voltou a tenção para a estrada.
-Sei que foi uma hora ruim,desculpe.
-Não foi.É só...o dia não correu como eu esperava.
-Difícil?
-Você nem imagina.
-Então foi por isso que saiu daquele jeito?
-Na verdade,quando fui até sua casa,eu esperava mais.
-Defina "mais"?
-Mais...do que só um trabalho.Pensei que quisesse falar sobre nós. 
   Zac ficou completamente sem jeito e parecia que toda vez que ia falar alguma coisa,seus lábios o interrompiam.
-Mas agora eu vejo que,fui muito egoísta.Só pensei no que era melhor pra mim e acabei estragando tudo.Eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto,mas eu estou apaixonada por você. Desde que eu te vi,eu não paro de pensar em você.
-Eu não sei se me sinto pior por ter que ficar longe de você ou,por ser um canalha.Quando entrei naquela sala e te vi,não sabia o que fazer.Eu também amo você mas,é muito perigoso.Temos tanto a perder,se alguém descobrisse teríamos problemas.Eu não quero envolvê-la em nada.
    Senti o carro parar,nem havia percebido mas tínhamos chego. 
-Eu te ajudo a colocar a gasolina no motor. -Ele disse.
    Nós destravamos a porta e saímos.Depois de todo o processo de abrir o capô,abrir a tampa e despejar o líquido dentro,ele se despediu.
-Vejo você na segunda.
-Sim. -Estava quase chorando novamente,mas tentei segurar por mais algum tempo.
-Sinto muito que as coisas tenham que terminar desse jeito.
-Está tudo bem,eu jamais faria algo pra te causar problemas.
    Dei um beijo demorado em sua bochecha.Pude sentir a pele macia dele em meus lábios e o cheiro de loção pós-barba delicioso no ar. 
-Adeus Zac.
    Ele parecia estar emocionado,talvez fosse impressão minha,ia entrar no carro até que senti algo encostar em minha mão,virei-me a tempo de ver ele me puxando para sí,senti os lábios dele tocarem os meus e um arrepio percorreu meu corpo inteiro.Estava feliz porém confusa.Mas naquele momento,nem o vento frio ou as gotas de chuva,caindo sobre mim,tiveram importância.




Respondendo aos comentários ~>
Margarida:Sim,foi fofo mesmo kkkk Obrigada pelo coment.Bjs! 
Lary Schmidt:Melhoras amiga,bjks!Sim,a tu lado vai bombar,com certeza!
Margarida de Oliveira:Você tem toda a razão,é muito ruim,usarmos os outros.E nesse cap a V,pelo menos se arrependeu,o final foi confuso né?Ou...bom,não sei depende,algos dirão sim,alguns dirão não.Bom,sim o Zac caiu nas redes dela kkkk.Sim,tava pequeno mas nesse eu extrapolei kkk,bjks!
Karina:Aham,se ajuda eles dois a ficar juntos então tudo passa a valer a pena não?kkkkkk.Até que enfim eles estão juntos mas não espere que acabe por aqui,ainda tem muita história pra rolar e muitas emoções pra acontecer...hehehehe
Bruh♥:Obrigada pelo coment!Aff,bells é a treva kkkk...q bom q sua mãe devolveu o PC *--*  Bjks!
.Paula:AAAAAAAAAAAIIIIII,q tudo!!!!!!Mas uma maneira de começar um coment UUUhhh!!!! Poisé, você e a Mag. de Oliveira foram que descobriram o plano dela...Run! Ah,é oq ela disse pro Zac foi perfeito né?Quem da as cartas agora em Zac? kkkk,bjks amore,até o next chapter.


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Esse foi o capitulo de hoje,espero que gostem.Dessa vez a Vany teve uma noite agitada né?E o final pode ter agradado vocês mas não fiquem tão tranquilas,por que as emoções só estão começando. Alguém sentiu pena do Sean gente?Tadinho....E aguardem,pois no capitulo 8 uma nova bomba será lançada e vai ser das grandes!Não darei pistas mas,fiquem ligadas.Sobre o leitoras,não deu muito certo então eu cancelei.Agora,temos a página prévias que...óbvio mas eu vou dizer mesmo assim,tem prévias dos capitulos.Ainda não postei a do 7 mas vou postar ok?É isso,fico por aqui,até o próximo capitulo,comentem bastante!Hoje eu fiquei feliz capitulo graaande hehehehe....kkkk.Obrigada pelo apoio,tô super feliz pelas três novas seguidoras!Beijos!!!!!!!!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Capitulo 5

   No dia seguinte,como de costume me arrumei e desci.E novamente,estavam à mesa,apenas minha mãe e meu irmão.Parecia que meu pai nem sequer existia.Desde o nosso retorno,eu o havia visto poucas vezes em casa.Ele sempre dizia que estava atrasado para o trabalho,muitas aulas para preparar,muito à se fazer e tão pouco tempo.Sentei numa das cadeiras vagas e fechei os olhos,estava com tanto sono,nem sequer havia dormido direito na noite passada,pensando novamente,em Zac. 
-Mãe,preciso de um conselho amoroso.
-Conselho amoroso? -Mamãe caçoou,prendendo o cabelo num rabo de cavalo.
-É,eu gosto de um cara,mas é meio..intangível.Eu não sei mas como convencê-lo de que ele deveria gostar de mim.
-Seja você mesma.
   Suspirei.
-Já tentei isso.
-Então saia com um garoto possível.
 Revirei os olhos.
-Você vai me ajudar ou não?
-Ah,estamos sensíveis hoje. -Mamãe sorriu e depois estalou os dedos. -Eu acabo de ler uma reportagem no jornal.-Ela ergueu o Times.- É uma pesquisa sobre o que os homens acham atraente nas mulheres. Sabe qual foi a primeira coisa que disseram?Inteligência.Olha só,deixa eu encontrar aqui para você...-Ela folheou o jornal e entregou uma parte para mim.
-Vanessa está gostando de alguém?-David entrou na cozinha e pegou uma rosquinha coberta de glacê da caixa em cima do balcão.
-Não!-Respondi depressa.
-Bem,alguém gosta de você -Completou ele.-Mesmo isso sendo nojento.-Ele fez um barulho de nojo.
-Quem?-Perguntei animada.
Sean Faris. -David respondeu,com um pedaço enorme e meio mastigado de rosquinha na boca.-Ele perguntou sobre você  no treino.
Sean?-Repetiu Mamãe,olhando para David e para mim ao mesmo tempo.-Qual deles é?Ele estava aqui três anos atrás?Eu o conheço?
Soltei um gemido e afundei na cadeira.
-Ele não é ninguém.
-Ninguém?-Altura da voz de David me fez dar um pulo.Ele ficou a poucos centímetros de distância de mim,com a caixa de suco de laranja na mão.-Ele é o cara.
Bufei.
-Se você gosta tanto dele,por quê é que você não sai com ele?
 David tomou um gole de suco direto da caixa,limpou a garganta e me encarou.
-Você tem agido de maneira estranha.Você ta doidona?Posso experimentar o que você ta usando?-Ele coçou o queixo.-Aliás,acho que sei por que você está estranha.
-Você não sabe coisa alguma.
É o que você acha?-Retrucou ele.-Pois eu não concordo.E quer saber?Vou dar um jeito de descobrir se minhas suspeitas estão corretas. 
-Boa sorte,Sherlock. 
   Mesmo sabendo que David estava completamente por fora,torcia para que ele não notasse o tremor em minha voz.Assim que terminamos,seguimos para a escola.Como sempre,assim que chegamos,meu irmão correu em direção aos seus amigos do time de Baskett.E eu segui para meu armário.Quando  estava me aproximando,encontrei Zac,caminhando em direção à sala de aula,havia esquecido que tínhamos o primeiro tempo com ele,naquela manhã.A última aula de Literatura,pensei,afinal,depois de pedir transferência,passaria a ter aula com a senhorita Acker.Lembrei do formulário.
-Posso falar com você?
-Claro -Ele disse.
-Gostaria de pedir transferência da sua aula.
  Seu rosto,que até então estava sereno,ficou impassível.Ele pegou as chaves e abriu a sala.
-Pode entrar por um momento,por favor? 
O observei por uns instantes e então balancei a cabeça,concordando.O acompanhei até a sala e parei não muito distante da porta.
-Olhe,eu entendo você e entendo sua atitude,mas,gostaria que ficasse.
-Não foi uma decisão fácil.Mas acho que é o certo a fazer.
-Consigo controlar meus sentimentos.
-Que bom pra você,mas eu não.E mesmo se conseguisse,não quero.É difícil entrar nesta sala,todo o dia e te chamar de "Sr.Efron".Não consigo agir como se não te conhecesse.Então...vai assinar?-Tirei o formulário da bolsa.
  Ele pegou o papel,sua expressão era desanimadora.
-Tem certeza? -Perguntou.
-Eu...tenho sim. -Respondi. 
  Ele tirou uma caneta do bolso e assinou.
-Aqui está.
-Obrigada.
  Ele entregou-me e eu saí imediatamente.Se pensasse mais um pouco,não teria coragem.Quando cheguei à coordenação,não havia ninguém lá,então deixei o formulário no balcão e corri para a primeira aula. Enquanto os outros garotos entravam em fila,resolvi dar uma olhada em meus cartões de anotação. Tínhamos que fazer um relatório oral sobre uma peça chamada Esperando Godot.Eu particularmente adorava relatórios orais -tinha a voz perfeita para isso,rouca e sexy- e acontece que eu conhecia essa peça muito bem.Certa vez,passei o domingo inteiro em um bar,em Londres,discutindo animadamente com um cara idêntico ao Adrien Brody sobre essa obra.Sendo assim,aquele era,não apenas um ótimo dia para se tornar uma aluna nota A,como também uma excelente oportunidade para mostrar a todos como eu..."versão Londres",era ótima.Zac estava sentado em sua mesa -parecendo um intelectual amarrotado e muito gostoso- esperando todos se acomodarem.Ele bateu palmas e levantou-se.
-Tudo bem turma,temos muitas coisas para fazer hoje.Se acalmem.
   Ouvi algumas garotas cochichando algo sobre que tipo de roupa de baixo ele poderia estar usando naquele momento.Só podia.Voltei minha atenção para Zac.
-Todos fizeram o relatório?Alguém quer começar o debate.
    Ergui a mão.Ele concordou com a cabeça,porém me olhou irritado.O que eu havia feito?Não poderia estar zangado pelo fato do formulário certo?Afinal era de um adulto que estávamos falando.
    Fui até o púlpito,na frente da classe,ajeitei o cabelo em volta dos ombros,certificando-me de que meu volumoso colar de coral não estivesse escondido na gola da camisa.Rapidamente,reli as primeiras marcações em meus cartões de resumo.
-Ano passado,assisti a uma montagem de Esperando Godot,na Inglaterra - começei.
    Notei que algumas pessoas levantaram as sobrancelhas,só um pouco.
-Foi no teatro perto do Sena,e o ar cheirava como se alguém tivesse assando brioche de queijo ali perto. Imagine a cena:uma fila enorme de pessoas esperando para entrar,uma mulher passendo com seus dois poodles pequeninos,um céu límpido ao longe. -Observei a turma,estavam todos pasmos.- Eu podia sentir a energia,a excitação,a paixão no ar.E não era por causa da cerveja que era vendida para todo mundo, até mesmo para meu irmão,eu logicamente não permiti.
-Que legal!-Acrescentou Sean.
  Sorri e e continuei.
-Os assentos eram de veludo vermelho e cheiravam como aquele  tipo de manteiga francesa,mais doce que a americana.É ela que faz os doces tão deliciosos.
-Vanessa. -Chamou Zac.
-É o tipo de manteiga que faz até os scargots ficarem gostosos.
-Vanessa!
   Parei de falar.Zac se apoiou na lousa com os braços cruzados sobre o blazer.
-Sim?-Sorri.
-Terei que pedir que pare.
-Mas...eu mal cheguei à metade!
-Sim,mas eu quero menos sobre veludos vermelhos e doces e mais sobre a peça em si. 
    A classe abafou o riso.Arrastei-me de volta para minha carteira e sentei-me.Será que ele não percebeu que eu estava apenas criando o clima?Ou quem sabe ele realmente estivesse zangado por causa dos formulários.Mas...era minha única opção,ele não havia entendido ainda? 
 Sean Farris levantou a mão.
-Sean?-Disse Zac-Você quer ser o próximo?
-Não-Respondeu ele.Todos riram. -Eu só queria dizer que achei o relatório da Vanessa muito bom.
-Obrigada. -Disse em leitura labial.
 Sean virou-se pra mim.
-É verdade que não há limite de idade para começar a beber lá?
-Não,realmente. -Respondi.
-Devo ir para a Itália com minha família neste inverno.
-A Itália é demais.Você vai amar.
-Os dois já acabaram?- Perguntou Zac.Ele fuzilou Sean com o olhar.Observei minhas unhas disfarçando.
   Sean virou novamente na minha direção.
-Eles tomam absinto? -sussurrou ele.  
   Balancei a cabeça,surpresa que ele já tivesse ouvido falar em absinto.
-Senhor Farris. -Zac nos interrompeu,sério.Um pouco sério demais.- Já chega.
   Poderia estar enganada,mas...foi ciúme o que eu havia acabado de detectar?Parecia que certa aluna tinha deixado um certo professor inquieto.Em seguida,Devon Arliss levantou-se para falar.Quando Zac virou de lado e apoiou o queixo sobre a mão,ouvindo o relatório,literalmente pulsei.Eu o queria tanto que meu corpo inteiro zumbia.Mas não importava o que eu fazia,nada funcionava,pelo menos até agora. Pensei.Vejamos,ciúme não?Talvez...bom,eu tinha que fazer alguma coisa.Jamais havia pensado nesse tipo de estratégia mas se era a única opção que tinha,agarraria com todas as forças.Seria como no teatro:"primeiro ato,a garota faz com que seu amor a deseje".Observei Sean.Não seria uma crueldade completa certo?Afinal,eu apenas estaria...na verdade,iria ser um favor para ele.Se ele estivesse interessado em mim.Apenas tentaria arrancar um provocaçãozinha no rosto de Zac.Para testar,se sim, então não adiantava ele negar,ele sentia algo por mim.Se nada,então...eu teria de me conformar.A campa soou e todos se levantaram.Senti algo tocando meu ombro.
-Ei finl...Vanessa,você disse que me daria a resposta sobre a festa ainda hoje.Então oque me diz?
-Ah,sim.Eu me esqueci completamente.Desculpe mas...não posso.
-Por que? 
-Estou...ocupada com...
    Olhei e de relance notei,Zac estava prestando atenção.
- Quer saber Sean,aceito ir a festa com você.
-Ótimo!
-Nossa,você tem um sorriso lindo.
Tentem não chegar em casa bêbados demais. -Zac se intrometeu,passando rapidamente por nós e saindo da sala.Perfeito!Era a confirmação de que eu precisava. 
-Que horas quer que eu te pegue no sábado? -Perguntou Sean. 
-O que? -Disse distraidamente e confusa.
-A festa.Que horas quer que eu te pegue? 
-Hum.Não sei,algum horário que fique melhor pra você.
-Ent... 
-Eu tenho que ir,nos vemos mais tarde. -O interrompi e saí.
  Me dirigia para o refeitório quando vi a placa "coordenação". O que eu havia feito?Na verdade,eu sabia,estava chateada até o momento mas,depois daquela aula tudo estava mais claro e tranquilo.Eu tinha cometido um grande erro.Entrei quase me atirando em cima do balcão.Desta vez,havia alguém lá, a mesma senhora do dia anterior.
-Ah,é você.Então,trouxe os papéis?
-Sim e foi um erro preciso pegá-los de volta.
-Se acalme,aonde os colocou?
-Aqui em cima da mesa,pouco antes da entrada.Nossa,está ali.
   Apontei para os formulários em cima do banco.
-Ah quase me esqueci que faltavam enviar estes.
-Não a senhora precisa me devolver.
-Tudo bem então.
   Ela ergueu a mão esticando o folheto e eu o peguei quase que arrancando dela.Saí de lá,com uma expressão de quem havia conseguido vencer uma batalha espartana,ou algo parecido.Em seguida li todo o papel para em seguida rasgá-lo em vários pedaços e atirá-lo numa lixeira.Um pouco antes da campa bater,resolvi ir até a sala dos professores.Bati na porta e entrei.
-Em que posso ser útil? -Disse Zac sem tirar os olhos da prancheta em suas mãos.
-Eu gostaria de saber se poderia tentar um outro trabalho já que nesse eu não...fui muito bem.
-Deve falar com a senhora Acker.Já que é sua nova professora a partir de agora.
-Não,você é meu professor.
-Será que já esqueceu do seu formulário de transferência?
-Agora que ele virou papel picado sim.
    Finalmente ele olhou diretamente para mim,surpreso.
-Como?Por quê desistiu?
-Pensei melhor e percebi que sua aula tem mais potencial.
-Certo... -Ele disse confuso.
-E além disso,foi muito divertido ver você morrendo de ciúmes do Sean agora pouco. -Alfinetei-o.
-Mas eu não... 
-Nem tente. -O interrompi.- Quero que saiba que não desisti de nós dois e nem pretendo.
   Ele parecia prestar atenção em cada palavra minha.Mas permaneceu calado.Fui em direção a porta e antes de sair voltei-me para ele e complementei:
-Só mais uma coisa,não se preocupe com o Sean.Ele não é uma ameaça.Eu estou em outra.
   Pisquei para ele e me retirei antes que ele pudesse dizer algo.Não importava mais.Nada do que ele me dissesse faria alguma diferença.Zac realmente sentia algo por mim,por mais que tentasse negar.Talvez ele estivesse pronto para desistir de nós dois mas,eu não estava.Os riscos não importavam,nem o que os outros pudessem pensar,para mim tudo estava relacionado a ele e somente a ele.


Respondendo aos comentários ~>
Margarida:Pois é....foi bem triste não?Mas aqui vemos que...talvez,só talvez,esse relacionamento tenha salvação.Pelo menos ao que parece a Vany está mais decidida do que nunca.Mas fica uma questão né?Será que ela vai quebrar a cara de novo ou dessa vez ela consegue?Terá de esperar para vê...kkk.Bjs!!!
Margarida de Oliveira:Sim,é bem compreensível mesmo.Afinal como você disse ele precisa ser responsável e é adulto,justamente.Mas nesse capitulo ele até que não demonstrou muito disso.Bom, obrigada pelos coments anteriores,vc sempre acompanha o blog.Agradeço muito.Beijos!
Karina:Bom,na verdade ela meio q ta usando o Sean não?E parece q deu resultados e ela está mais confiante agora,resta saber por quanto tempo isso vai durar e se pelo menos agora os dois poderão ter uma chance.Ah,sim...a desculpa da abelha kkkk,engraçada mesmo né?Totalmente esfarrapada mas td bem...kkkk.Q bom q vc gosta de caps longos eu tbm.E estou decepecionada com esse...ta minúsculo kkk
Mas vou tentar compensar no outro.Até o cap 6.
Bruh♥:Eu sei que é vc kkkkk....Que bom que gostou do capitulo!Fico feliz!Também já vi o selinho, obrigada,agradeço muito!Até o capitulo 6,Bjks! 
.Tathy':Ah,sem problema,eu entendo.Também tô passando por isso,aff...sem o menor tempo pra postar, por mim estaria aqui todo-dia mas é impossível.Bom,estou feliz por ter voltado,espero seu coment aki.
.Paula:OMG!!!É vc adivinhou baby,igual a mag. de oliveira.Espertinhas...kkk,na verdade tava na cara né?Sim miga,vc pediu e eu postei. 
Lary Schmidt:Não entendi oq foi engraçado maaaass....td bem kkk."Seanmanca" é? adoooooro kkk
Não tenho tanta certeza run!Vc deve ter colado... suspeito...run! Sobre o nosso blog,sim pode deixar.


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Oi meninas eu sinto tanto pelo cap...eu particularmente acho q ficou pequeno e eu odeio isso mas,não teve jeito.Tentarei compensar no 6 ta?Hoje não tem muitos avisos.Então vou me despedindo por aqui, mas antes tem só mais uma coisa:A Tu Lado.Todo mundo conhece né?O blog da minha best, Larissa. Autora de vários outros blogs maravilhosos,mas vou sintar um dos mais conhecidos no momento: Estranho Amor,super recomendo pra quem não conhece ta?Oq eu acho dificil kkk.Mas,voltando,agora a Lary terá mais uma ajudante nas postagens de A Tu Lado, e essa é...quem vos fala.Sim,sim!Ela e eu estaremos juntas no blog agora.Ainda não teve postagem minha lá mas em breve terá,estamos trabalhando nisso,aguardem.Quem quiser conferir,basta clicar neste link: A Tu Lado Bom,isso é tudo por hoje eu agradeço a todas pelos coments!Vocês são as melhores!!!Amo todas vcs,beijos!!!  

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Capitulo 4

   Na quarta-feira de manhã,meu pai estava escovando os cabelos negros,que também já possuía seus fios brancos,com uma mão e fazendo sinal para fora da janela do carro com a outra para avisar que ia virar à esquerda.A seta do carro havia quebrado na noite anterior,então ele estava levando eu e David para o segundo dia de aula,e depois levaria o carro à oficina.
-Vocês estão felizes por voltar aos Estados Unidos? -Perguntou ele.
   David,que estava ao meu lado,sorriu.
-Esse país é irado! -Ele continuou a apertar os botõezinhos de seu PSP furiosamente.O troço fez um barulho de pum e ele agitou os punhos no ar.
   Papai sorriu e continuou cruzando a ponte de mão única feita de pedra,acenando para um vizinho que ia passando e com a outra mão preparada para sinalizar algo,caso algum carro viesse inesperadamente.
-Ta,tudo bem,mas por que é irado? 
Aqui é irado porque tem Baskett - respondeu David,sem tirar os olhos do PSP.- E os garotos daqui não parecem "homens-fêmea".E as garotas daqui são mais bonitas também.
  Soltei um riso abafado.Os tais "homens-fêmea" de que ele falava,eram nada além de garotos que praticavam hipismo em Londres.Mas para David existia apenas o Baskettball.Sinceramente,um bando de egocêntricos correndo atrás de uma bola laranja para arremessá-la numa lixeira ambulante não deveria ser classificado como esporte.Fora que David nunca teve uma namorada,o máximo que conseguira foi um compromisso de dois dias.Se ele conhecesse tão bem as garotas daqui como eu,perceberia que as londrinas tem inteligência suficiente para não passar o dia todo  sem comer nada e ao anoitecer, mordiscar um tablete enorme de chocolate light,que de light não tem nada.Uma forma clássica para conseguir dinheiro fácil de jovens burras.Além de que as garotas de lá não pensam apenas no dia em que perderão a virgindade para que finalmente  possam mandar um torpedo cheio de inúmeras letras maiúsculas com uma carinha "smile" no fim para todas as amigas.Mas por quê exigir tanto dele?Alguém que aos seus 16 anos ainda brincava com joguinhos não tinha amadurecido o suficiente.Não que eu fosse uma completa adulta que sabia o que queria da vida,mas,com certeza na frente de David,eu já havia deixado para trás muitas coisas.De repente,levei um susto.O PSP dele fez um barulho alto:
-Que merda,eu perdi! - Ele gritou com raiva.
 Algo fez-me lembrar do dia anterior,ah meu Deus,havia uma única palavra que podia descrever o ocorrido:Brutal.Quando Zac deixara escapar um "Merda", toda a classe virou-se para trás e me encarou. Lindsay Campbell,que estava sentada à minha frente,sussurrou em voz não muito baixa:
-Você dormiu com o professor?
  Pensei,durante um meio segundo na tentativa de apenas sair da sala o mais rápido possível.Mas isso só levantaria mais hipóteses absurdas dos outros alunos.Ainda sim,tinha perdido a fala,o quê diabos Zac estava fazendo ali?Ele não tinha ido para outro país?Ah,claro ele viera para os Estados Unidos,mas tinha que ser logo em Portland dentre tantos outros lugares?
  Zac -Hum,Sr.Efron- havia dissipado rápido as risadas e dado a desculpa mais esfarrapada que se pudera imaginar.Ele disse,e eu citava de cabeça:
-Tive medo que uma abelha tivesse entrado em minha calça e pudesse me picar,por isso gritei de medo.
  Todos entreolharam-se confusos e eu fiquei por cerca de mais 3 minutos,analisando a situação,afinal, quantas vezes na vida aconteciam coincidências como aquela?Depois,quando ele começou a falar sobre os trabalhos de cinco parágrafos e os planos de estudo da classe,todos esqueceram da situação anterior. Mas eu infelizmente não conseguia me concentrar.Eu era a abelha que havia entrado nas calças dele. Não conseguia parar de encarar seus olhos azuis vorazes e sua boca suculenta e rosada.Quando notei que ele estava me observando já há alguns instantes,meu coração deu dois saltos mortais e aterrisou no  estômago.Rapidamente ele voltou sua atenção para  os outros alunos.Ele era o cara certo para mim,e eu era a garota certa para ele,tinha absoluta certeza disso.E daí que ele fosse meu professor?Tinha que haver uma forma de resolver as coisas.Meu pai parou no portão de pedra da entrada da escola.Ao longe, vi um Fusion prateado no estacionamento dos professores.O reconheci na mesma hora,eu havia visto Zac entrando num igual no dia anterior,na hora da saída.Ele já havia chego.Olhei o relógio,faltavam quinze minutos para que o sinal de entrada fosse acionado,perfeito!Por sorte,nosso pai havia de nos deixar mais cedo naquele dia,para que sobrasse tempo de ele levar o carro na oficina e depois,seguir  para o trabalho.Era o momento.Tinha que falar com ele.David saiu disparado do carro,correndo até alguns amigos dele para conversar.Papai deu sinal com a mão para indicar que estava saindo do estacionamento.Eu imediatamente me dirigi ao corredor estreito onde ficavam as salas dos professores. A sala de Zac ficava no final do corredor,perto de um banco pequeno e acolhedor,próximo a uma janela. Parei na porta e fiquei olhando para ele,digitando em seu computador.Criei coragem suficiente e bati na porta.Os olhos azuis dele se arregalaram quando me viu.Ele estava lindo em sua camisa branca,usando blazer azul com uma listra verde de Portland,jeans e mocassins pretos.Os cantos da boca dele curvaram para cima,num sorriso tímido.
-Oi -o cumprimentei.- Posso falar com você?- Minha voz desafinou um pouco.
   Senti que ele hesitou de primeira.Mas...
-Entre. -Ele disse.
  Entrei na sala e fechei a porta.A sala estava vazia,exceto por uma enorme e pesada mesa de madeira,duas poltronas estofadas e o computador.
Bem,hum... -De uma hora para outra,não sabia mais o que dizer.Estava tão decidida mas,agora,não tinha mais tanta certeza.
    Ele abaixou os olhos e deu um gole na caneca de café com o emblema da escola.
-Você disse que estudava na Brunel. -Ele disse por fim.
-Não,eu disse que estava pensando em estudar Literatura. -Finalmente consegui dizer algo.
-Ou escrever para o teatro. -Ele me olhou e sorriu.
-É,ou isso.E é verdade. -Confirmei.
-E também mentiu sobre a sua idade.
   Eu ri,sem saber ao certo se ele estava falando sério.
-Nunca disse minha idade.Você quem deduziu.  
-Não deveria ter deixado subentendido.
-Todo mundo mente sobre a idade. 
-Pelo que vejo,também mentiu sobre o fato de estar dando um tempo em Londres.
-Não,eu estava mesmo passando um tempo lá.Eu e minha família fomos passar 3 anos na Inglaterra, porque meu pai estava ajudando num documentário,mas o prazo acabou e nós voltamos. 
- Tem mais alguma coisa que eu deveria saber?
-Olha,eu sei que é meio chocante eu ser sua  aluna depois do que aconteceu no Snooker's mas,como eu poderia saber que acabaríamos nos encontrando aqui?E por falar nisso você também me deve algumas explicações.
-Sobre o quê por exemplo? -Ele disse confuso.  
-Bom,em primeiro lugar,o que está fazendo aqui?
-Eu contei a você que meu amigo da faculdade tinha arranjado um emprego pra mim e que em breve eu iria sair do país.
-Sim,em Seattle,não aqui em Portland.Por que mentiu?
-Eu não menti,fui mesmo a Seattle,mas,quando eu cheguei me disseram que a vaga de professor havia sido preenchida a pouco tempo.E eu não quis desperdiçar a viagem,então procurei outras escolas e consegui emprego aqui.
-E por que me disse que ia embora em breve,quando na verdade você foi no mesmo dia?
 Eu não quis contar na hora,mas,eu ia,porém você saiu tão apressadamente.Eu nem tive chance d...espera,como você sabia que eu tinha embarcado naquele mesmo dia?
-Eu...fui...ao seu apartamento no dia seguinte e me falaram que você tinha saído de madrugada.
-Não te contei onde eu morava.
-Já ouviu falar em Google?
  Ele parou de repente,parecia que estava analisando minha última resposta.Então ele riu.
-Me procurou na web?
-Não é engraçado.E...seu nome foi um dos primeiros da lista.
-Olha,Vanessa,eu te acho incrível.Quando te conheci pensei,"quem é essa garota?"Ela é tão diferente de qualquer outra que eu já tenha conhecido.
   Me senti feliz,porém um pouco desconfortável.Ele me olhou com ternura.Coloquei minha mão sobre a dele.Ela era morna,seca e suave.
-Ainda sou aquela garota.Nada mudou.
-Mudou sim,sou seu professor.
-Não me importo.
-Mas eu sim.Isso...não vai funcionar,sinto muito.
-Funcionará se nós dois quisermos.
 -Não acho que seja uma boa ideia.
-Eu sei que não sou a única.Você também sente que isto é certo para nós.
-Não é certo. -Ele retirou sua mão da minha e levantou-se- Nós não podemos.
   Ele foi até a porta e a abriu,dando a entender que eu deveria ir embora.
-Melhor você ir,a campa já vai tocar.
-Zac... -Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa,o sinal tocou.
-Eu disse. -Ele pegou suas coisas.- Vejo você na aula.
-Claro. -Disse tristemente.Saí e fechei a porta com cuidado.
   No corredor,professores se aglomeravam em minha volta,apressando-se para irem para suas salas de aula.Decidi chegar ao meu armário,cortando caminho pelo pátio.Precisava de ar fresco.Lá fora,não segui pelo caminho de pedrinhas,como todo mundo,fui pela grama.A neblina matinal estava tão densa que mal conseguia ver minhas próprias pernas.Minhas pegadas desapareciam na grama macia assim que erguia os pés.Ótimo.Essa parecia a ocasião apropriada para chorar sem me preocupar que alguém mais visse.Imediatamente lágrimas escorregaram sobre meu rosto.Já não me sentia tão madura,ou confiante. Tudo o que eu sentia era angústia,meu coração estava dolorido,as palavras que Zac me dissera foram tão frias.Ou pelo menos para mim,elas pareceram.Será que ele não sentia o mesmo que eu?Talvez,agora que ele soubesse que eu era apenas uma adolescente tivesse perdido o interesse.Será?Por que doía tanto?Nada mais fazia sentido.E quando eu o visse de novo?Na sala,como eu reagiria?Eu não iria suportar vê-lo todos os dias fingindo que não o conhecia,tratando-o como estranho.Eu o amava.Estava completamente encantada por ele,mas ao que pareceu os sentimentos dele em relação à mim não passavam de poeira entregue ao vento.Cheguei ao meu armário,peguei os livros e caminhava em direção a sala de aula quando vi a coordenação.Lembrei-me de algo e entrei.Uma senhora estava imprimindo folhetos,comunicados e outras coisas mais.
-Olá querida.O que quer? -Ela disse virando em minha direção.
-Um...formulário de transferência de aulas.
-Ah,tudo bem.E qual vai ser?
    Parecia que eu tinha um nó na garganta.Solucei e quase comecei a chorar mas,engoli em seco.
-Literatura.
.Ah,soube que tem um professor novo.Não gostou do método dele?
-Sim,mas...pode apenas me dar o folheto?
-Claro,aqui está,preencha-o e me entregue no final da aula. 
-Está bem.
  Me retirei e fui para a classe.O resto do dia foi calmo,as aulas foram rápidas,até mais que o normal,talvez porque eu não tivesse prestando muita atenção.Na hora do intervalo aproveitei para preparar o formulário mas,notei que em uma das linhas abaixo havia a frase "assinatura do professor" e em seguida um espaço em branco.Só podia ser piada,eu teria de levar até ele?Eu havia procurado uma forma de me afastar dele e tudo o que conseguia era me aproximar mais.De qualquer forma se precisava  daquilo para me transferir da classe tinha de o fazer.Fui novamente andando em direção a sala dos professores até ser surpreendida por Sean,que estava saindo de lá.O que mais faltava?
-Ah,oi Finlândia. -Ele disse surpreso.
-Oi e...eu gostaria que me chamasse de Vanessa,se não se importa.
-Ta bem.Mas,o que está fazendo aqui?
-Ia perguntar o mesmo.Não deveria estar brincando com suas bolas?
-O técnico cancelou os treinos de hoje,mas se você quiser eu te mostro uns lances novos que aprendi. 
-Seria excelente mas,eu preciso mesmo levar esses papéis pr...
-Ah,vocês está sabendo?Meus pais vão viajar nesse fim de semana e eu resolvi dar um festa.
-Que bom...espero que se divirta,eu v...
-Apareça por lá,se não tiver acompanhante pode vir comigo.É bônus extra ir com o dono da festa.
-Eu não sei,tenho que pensar. -Até parece.
-Então me responda amanhã.
-Ta. -Eu poderia responder na mesma hora,NÃO.Mas tinha outras preocupações no momento.
-Ei,olha quem vem ali.
    Virei para ver de quem ele estava falando.Ah,não.Era...ele,Zac.
-Não acha estranho?As primeiras palavras dele como professor foram merda e...tem abelhas em minha calça.Que tipo de universidade aprova um esquisito desses?
-Não o julgue!Você mal o conhece,com certeza ele teve um bom motivo! -Disse furiosa sem perceber.
-Wow!Calma aí delegada.Foi só um comentário. 
   Fiquei sem ação por alguns segundos,precisava desfazer aquela cena constrangedora.
-Então,como seu time está indo? -Disse sem pensar.
-Ah,nós ganhamos 3 jogos seguidos mas,ainda temos que vencer mais se quisermos nos classificar...
   Por que eu havia perguntado aquilo?Agora ele nunca pararia de falar.
- ...o bloqueio adversário está sendo nosso foco no momento e depois tem...
-Ei,aquele não é o David? -Falei tentando encerrar a conversa.
-É sim.David,vem aqui! -Sean gritou.Que sorte!Eu não tinha certeza se era ele mesmo quando falei.
   Meu irmão chegou e os dois fizeram o aperto de mão mas doido que eu já havia visto. 
-Então,qual as novas?
-Convidei a Finl...a Vanessa para ir comigo a festa. 
          Segurei o riso,ele achava mesmo que eu iria?
-Ah,é?Teve sorte mana.Nem todas tem sorte de ir com o dono da festa.
-Eu disse isso à ela.
     Alguém me mate,aquela conversa era insuportável.
-Aquele não é carro da sua mãe? -Sean apontou para o estacionamento,realmente nossa mãe acabara de chegar lá.David e eu corremos até lá e entramos.
-Olá filhos,desculpem a demora.Como foi o segundo dia de aula?
-Ótimo -Disse David entusiasmado.
-Que bom,e você V?
-Hum...também. -Apesar de não ser verdade,queria completar.
   No caminho de volta,lembrei que tinha esquecido de entregar o formulário de transferência na coordenadoria.De qualquer forma não faria diferença,eu não havia conseguido a assinatura do Zac. Tudo culpa de Sean e sua festa idiota.Eu estaria melhor numa cama,pensando em meu "amor proibido" e engolindo um pote inteiro de sorvete de chocolate,ouvindo uma música deprimente.Ao chegar em casa fui para o quarto como de costume.Parecia que eu estava presa em uma rotina,ir à escola,tentando fazer com que meu relacionamento funcionasse,então tudo dava errado e eu passava o resto da tarde e da noite depressiva num quarto,ficando cada vez mais pálida por permanecer no escuro. 


Respondendo  os comentários ~>
Margarida:Obrigada,que bom que você gostou!!!Bom a situação deles ta...complicada.Você viu né?Não piora mas também não melhora.Ta difícil,mas espere um pouco mais,eles ainda estão chocados sobre o que houve na aula.Então por hora vamos aguardar e ver no dá.
Bruh♥:Estou contente por você comentar.Bem-vinda! kkk...aff Bells é o ó kkkk. Pois é né?Imagino que você deve ter surtado no último capitulo.Mas aqui vemos que graças a Deus,a confusão não foi das grandes,pobre Vanessa não?Mas aguarde,toda a história tem seu final feliz e essa não é exceção.
Margarida de Oliveira:AAAAAAAAAAA,ta vendo?Eu avisei,meu ego se elevou e eu estou totalmente "micí".Me sentindo...kkk...sério?Gostou mesmo?Obrigada.Não sou lá essas coca-cola mas eu agradeço. Nuss você não imagina o quanto eu sou interessante kkkk.Bjks,obrigada pelo coments.
.Paula:OMG! OMG! OMG! OMG! OMG! Q maravilha,sim,finalmente encontramos outro meio de começar comentários kkkk....imagina quando estiver no meio da fic,quantos modos de começar um coments teremos,ount my new dream kkkk,sonho tosco mas td bem.Bjs metadinha.
Karina:AAAA,mais uma leitora!I Love It!!! kkkk...nossa,obrigada,bom,vou tentar não demorar tanto nos posts.Não precisa ficar entrando toda vez não,segue o blog,daí vai sempre aparecer no seu painel quando eu tiver postado.Espero seu comentário!Bjks.
Lary Schmidt:Obrigada.Posto sim,está aqui ; ) Ai,que inveja,se formou primeiro que eu,bom aposto que você colou na prova de alguma matéria né?Run!...lary,lary....te orienta menina! kkkk.


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Oi girls!Primeiro de tudo,eu não queria ter parado agora.Eu ia escrever mais um pouco mas,se eu fizesse acabaria entrando no assunto no capitulo 5 e eu já tinha me organizado toda então,parei lá mesmo. Tristeza pra uns,felicidades pra outros,kkk,sei q tem gente q odeia capitulo grande,ou pelo menos eu acho,sinto muito mas eu tô querendo compensar o tempo perdido e tinha tantas peças que precisavam se encaixar nesse cap q não teve jeito.Como por exemplo o fato do Zac ter aparecido lá do nada.E tem outra coisa,calma,muuuuita calma nessa hora kkkkk.Talvez algumas fiquem impacientes pelo modo como está indo o relacionamento deles,meio que nem ta indo né?Está parado no tempo,mas aguardem um pouquinho mais,eles ainda tem que decidir muitas coisas,afinal não é fácil,não é um relacionamento comum,pode trazer muitos riscos para os dois mas,eles vão conseguir,acreditem.Agora, eu vou pôr uma minúscula prévia do capitulo  seguinte,mas não fiquem achando que eu estou boazinha ta?Na verdade isso é pra curiosidade corroer vocês kkkkkkkkkkk,sou tão malvada não?Ok,vamos lá. Mas depois de lerem,peço que não surtem e nem comecem formar teorias mirabolantes sobre  que a Vanessa ta tramando ou sobre o último trecho,principalmente sobre o último trecho.Bjs!


 -No próximo capitulo de Secret love....


-Quero pedir transferência da sua aula.
-Eu entendo você mas,gostaria que ficasse.
-Não posso.
-Eu consigo controlar meus sentimentos.
-Que bom pra você,mas eu não!


[...]


Tinha que fazer alguma coisa.Jamais havia pensado nesse tipo de estratégia mas,se era a única opção que tinha,eu agarraria com todas as forças.Seria como no teatro:"primeiro ato:a garota faz com que seu amor a deseje".


[...]


-O que me diz?
-Quer saber Sean,aceito ir a festa com você.
-Ótimo!
-Nossa,você tem um sorriso lindo.



domingo, 14 de agosto de 2011

Capitulo 3

  Os 5 dias pareceram mais 5 minutos.Foi tão rápido que eu mal pude acompanhar.Havia passado  horas no quarto,quando não estava chorando,ou pondo todas as minhas coisas em caixas de papelão, passeava pela cidade olhando cada detalhe possível como se fosse a última vez(e não?).Para mim era extremamente difícil aceitar a ideia de que deixaria Londres.Ainda mais quando se sabe a triste verdade,sair do paraíso caminhando para a perdição.Tive que andar pela casa observando todos os móveis sendo retirados,porta-retratos sendo substituídos e o fato de que Oregon se aproximava a cada segundo.Mesmo tendo em mente que minha estadia na Inglaterra seria temporária,eu tentava imaginar que por algum milagre,meu pai precisasse ficar mais que o necessário,talvez um artefato raro pudesse ser encontrado durante a escavação e então nós acabaríamos retomando nossas vidas daqui.Mas os sonhos são para ingênuos,nada que eu tentasse faria diferença.Logo me vi de malas prontas no aeroporto,carregando mais do que simples lembranças em meu coração.Uma lágrima percorreu meu rosto passando pelo queixo e pingando no chão.Observava pela última vez,atráves das portas de vidro automáticas,a cidade da qual jamais me esqueçeria.Me assustei por um instante quando minha mãe colocou sua mão em meu ombro avisando que devíamos embarcar.Segui pelo corredor desta vez com nenhum pingo de entusiasmo.Sentei-me na poltrona e enconstei minha cabeça na janela do avião.Em pouco tempo estávamos nos ares.Não tirei os olhos da cidade nem por um segundo até que ela fosse inteiramente coberta pelas nuvens.Sentia-me tão infeliz,queria saltar da aeronave e voltar o quanto antes,tantas coisas maravilhosas haviam me acontecido,dizer Adeus jamais havia sido tão difícil.Apesar de pela primeira vez sentir falta dos amigos,das festas e de todas as emoções,tinha uma em especial que eu não conseguia esqueçer por nenhum momento. Zac.Aonde ele poderia estar?Talvez quando ele retornasse eu poderia dizer como me sentia e poderíamos tentar algo.Ou será que eu estava precipitando tudo?Será que ele voltaria mesmo?Sair do país?Uau.Eu mal o conhecia e muitos menos ele em relação à mim.Ainda mais quando se mente sobre pequenas coisas, mas por quê pensava nisso agora?Não faria diferença,pelo contrario,só atrapalharia. Passaram-se horas desde a partida,meus olhos ficaram pesados,reecostei-me no assento.Havia dormido.De repente minha mãe acordou-me,tudo estava embaçado e as luzes fortes forçavam meus cilhos fecharem. Havíamos chego.Levantei sonolenta e segui para a saída.Esperamos as bagagens saírem e então chamamos um taxí.Colocamos tudo no porta-malas e entramos.O motorista dirigia pelas ruas e locais que em meus sonhos eu jamais esperei ver novamente,era angustiante.
-Não acredito,árvores.Estou tão feliz em ver árvores enormes de novo.
   Meu irmão botou a cabeça pra fora da janela do carro.Ele parecia deslumbrado com todas as "paisagens" de Oregon.E isso significava...todas mesmo.Cada...coisinha...visível.A pousada preta do século XVIII onde se vendiam vasos ornamentais de  cerâmica;o shopping de estilo New England que havia sido construído enquanto estávamos fora.Até mesmo o velho e sujo Dunkin' Donuts,de vinte e cinco anos e a velha loja de papéis de presentes da senhora Millington.
-Cara,eu mal posso esperar para beber um café gelado!-David estava emocionado.
  Soltei um gemido.David havia se sentido solitário em seus três anos na Inglaterra-Dizia que todos os garotos daquele país eram "uns maricas que cavalgavam em seus cavalinhos gays",eu por outro lado havia florecido lá.Um novo começo era do que eu precisava na época.Afundei ainda mais no assento, tentando não chorar,havia bancado a tola e fraca o suficiente.O taxista seguiu por mais algumas ruas e freou em frente à nossa antiga casa,que agora seria nossa nova casa.Uma caixa marrom pós-moderna e séria,com um único janelão quadrado bem no meio(uma enorme decepção depois da casa geminada londrina,azul clarinha e de frente para a água).Segui meus pais para dentro dela e fomos cuidar da vida,cada um no seu canto.Agora que estava de volta,pensava em tantas coisas ao mesmo tempo.Será que tudo voltaria a ser como antes?Ouvi David pegar o calular e ir diretamente para o quarto.Meu pai estava na cozinha,abrindo e fechando armários e reclamando baixinho.Minha mãe sentou no sofá da sala,parecia estar esgotada.Não havia mas nada para fazer ali,subi para meu quarto.Peguei meu MP4 e aumentei o volume ao máximo,atirei-me na cama.Passei o resto da noite lá,sem sair para jantar ou movimentar as pernas.Vi o vulto de minha mãe passando,ela me desejou boa-noite e fechou a porta.Somente quando ouvi o "bip" avisando que  bateria estava fraca tirei os fones de ouvido.Observei o pequeno feixe de luz que vinha de baixo da porta,depois de um tempo ele se apagou e então movi minha atenção para o teto,estava escuro e ele mal podia ser visto.Olhava atentamente esperando que o sono chegasse.Demorou um pouco até que minhas pálpebras ficassem pesadas,fechei os olhos,precisava muito dormir,tinha muitas perguntas e receios e só queria que elas desaparecessem.Quando dei por mim,já estava de manhã,havia sido tão rápido.Terça-feira,tinha escola hoje,e eu não estava nem um pouco feliz com a situação,voltar a Portland High School era uma das milhares de coisas das quais eu não havia sentido falta enquanto estávamos em Londres.Só de pensar no assunto me sentia desestimulada.Levantei quase que por pressão,minha vontade era ficar o dia todo na cama,enfiada debaixo das cobertas.Tomei banho,me arrumei e desçi sem ânimo algum.Minha expressão era algo como "tédio,tédio e mais tédio...".
-Bom-dia. -Falei com voz de sono.
-Bom-dia querida. -Disse minha mãe,pondo a mesa.
-Oi mãe.E aí V,também ta animada pra ir à escola? -David entrou na cozinha todo empolgado.
    ...Como posso responder isso?É claro que não!Isso tudo é um pesadelo!
-Aonde está o papai? -Perguntei procurando-o pela casa.
-Ele teve que sair cedo,então hoje eu os levarei para a escola. -Minha mãe respondeu.
  Sentamos e tomamos café,depois pegamos nossas coisas,entramos no carro e ela seguiu para a escola.Por mais que eu quisesse que demorasse um longo tempo até chegarmos lá,foi mais rápido do que o esperado.Eu e David descemos do carro.
-Boa-sorte!-Gritou nossa mãe.Ascenamos e ela foi embora.
-Finalmente estamos de volta. -Disse  David.
-Como é? -O olhei incrédula.
-Ah,você não sentiu falta disso tudo?
-Ah...não.
-Deixa de ser careta,vamos.
   Ele avistou um amigo e saiu correndo em direção a ele para provavelmente pôr o "papo" em dia.E mais uma vez eu estava sozinha.Não como em Londres,eu chegava e era abordada por muitas amigas.Mas por quê pensar nisso agora?Eu estava tentando me martilizar ainda mais?Segui pelo campus,subi as escadas e caminhei pelo corredor.Fui primeiramente a secretaria da escola,no dia anterior,meu pai havia vindo nos matricular,mas ainda faltavam alguns papéis que precisavam ser entregues no dia seguinte e já que  David era totalmente irresponsável nesse ponto,eu fui encarregada de deixar os papéis lá.A moça me entregou o folheto com o cronograma de aulas.Saí da sala retornando ao corredor.De repente ouvi algo.Virei para ver o que era.
-Ei Finlândia! -Gritou uma voz desconhecida.
  Um bando de garotos do time de Baskett da escola vinha andando.Era incrível como todos eles eram perfeitas cópias,um dos outros.Camisetas Nike,shorts largos e bonés virados para trás.Um deles até estava usando a mesma camiseta que Sean Faris,o cara por quem eu era apaixonada no sétimo ano costumava usar.Até que dei uma olhada para o cabelo castanho claro e meio ondulado dele.Será que...era...ele?Ah,Deus,era.Que patético,a mesma camiseta de antes.Provavelmente era para ter sorte ou por algum outro tipo de surpestição idiota de jogador.E para piorar ele estava vindo,correndo em minha direção.
-Oi. -Ele disse.
-Oi. -Acenei com a cabeça e continuei andando.
-Você é a garota que voltou da Finlândia né?Irmã do David? -Ele perguntou,emparelhando comigo.
-Hum..é -Disse confusa.Foi perto o suficiente para alguém como ele.
-Legal,que tal vir ao  nosso treino de Baskett hoje a tarde?
-Acho que não,por que  eu deveria assitir?
-Bom,nós jogamos bem,no último jogo eu fiz três cestas.
-Que bom para você. -Meu rosto continuava impassível.Eu deveria ter ficado impressionada? 
    Continuei andando pelo corredor,com o qual eu tinha pesadelos as vezes,quando estava em Londres.Acima de mim,o mesmo teto abobado e cor de casca de ovo.Abaixo,o mesmo chão de madeira de fazenda.À minha direita estavam as mesmas fotos emolduradas dos antigos alunos de sempre e,à minha esquerda estavam incongruentes armários de metal com cadeados.Até mesmo a música era igual,a Abertura de B26,de 1812,tocava no sistema de auto-falantes,a escola exibia clássicos entre  as aulas,pois eram "mentalmente estimulantes".As mesmas pessoas que eu sempre via antigamente,passavam,e todas me olhavam discretamente.Quase desconfiei de que poderia ter algo preso em meus dentes ou talvez eu tivesse esqueçido de pôr as calças.Algo me fez "acordar".
-E então,qual sua primeira aula? -Perguntou Sean,ainda me acompanhando.O olhei surpresa por ainda estar ali e,depois para o folheto com os horários.
-Literatura. -Respondi.
-Eu também. -Ele disse entusiasmado.
-A senhorita Willer ainda leciona aqui?O espaço aonde deveria ficar o nome do professor está em branco.
-Não.Ela pediu demissão.Disseram que terá uma nova professora.
-Ah,ela é boa?
-Sei lá.Pelo que eu soube ela tem duas faculdades e terminou o mestrado a pouco tempo.
  Eu o observei desconfiada,desde quando Sean Faris ligava para as credenciais de uma professora?Viramos o corredor e entramos na sala.
-Ei,ouvi dizer que ela tem uma bolsa para alunos super dotados.Quem sabe você não entra de primeria hoje?
-Por quê diz isso?
-Na Inglaterra eles não tem aquelas aulas avançadas?
-Hum...ja.
O quê é isso?Um murmúrio sensual em finlandês?
   Revirei os olhos,"ja" era uma expressão finlandesa que os londrinos usavam e queria dizer sim,mas claro que ele não saberia disso.Desabei na primeira carteira que vi.Abaixei a cabeça e respirei profundamente para me acalmar."O inferno são os outros",cantarolei.Era minha citação favorita do filósofo francês Jean-Paul Sartre e um mantra perfeito para Portland.Balançei para frente e para trás por alguns segundos,de um jeito meio maluco.A única coisa que fazia eu me sentir melhor era a lembrança de Zac,o cara do Snooker's.No bar,Zac havia me seguido até o banheiro,agarrado meu rosto e me beijado.Nossos lábios encaixavam-se perfeitamente,não havíamos batido os dentes um no outro nenhuma só vez.As mãos dele haviam dançado sobre minhas costas,querendo admitir ou não, havíamos tido uma conexão.Alguns podem pensar que só nossas línguas se conectaram,mas,eu sabia que havia acontecido mais ali.Me sentia tão encantada pensando sobre aquela tarde que,eu acabei escrevendo um haicai,estes eram meus tipos favoritos de poema.Mas nada importava,eu jamais o veria de novo.Dei um suspiro sofrido.Olhei em volta,o lugar cheirava a livros e desinfetante.As enormes janelas envidraçadas davam para o gramado do sul da propriedade da escola e para além disso,podia-se ver as colinas verdes e onduladas.Algumas árvores estavam ficando amareladas e alaranjadas.Havia um enorme pôster com dizeres shakesperianos perto do quadro negro e um adesivo que dizia "pessoas más são um pé no saco",que alguém colara na parede.Parecia que o zelador tinha tentado raspá-lo dali,mas desistira no meio do caminho.Finalmente a porta se abriu,a coordenadora entrou.
-Bom-dia alunos.Gostaria de lhes apresentar seu novo professor de Literatura.
-Professor? -Olhei para Sean.
-Eu não confirmei nada,só disse o que tinha ouvido. -Ele me respondeu.
   Por quê fui acreditar nele?O cara provavelmente seria um bêbado que enrolaria durante a aula inteira e quando sobrasse tempo,cantaria todas as alunas.Abaixei a cabeça.Se eu tinha alguma perspectiva sobre aquela matéria,acabava de perdê-la.Ouvi a porta fechar e também ouvi passos,o professor provavelmente estaria agora mesmo,sentado na cadeira,dormindo por causa da ressaca do final de semana.Pude ouvir a voz de Sean me chamando baixinho."Vanessa,levanta logo antes que ele veja você!" "Rápido!".Ele provavelmente nem havia me notado.Mas para minha surpresa,não foi o que aconteceu.
-Desculpe,mas você está numa sala de aula,se quiser dormir melhor ir para casa.
   Levantei a cabeça.O professor estava agora de costas para a turma,escrevendo seu nome no quadro.Ele segurava um papel com a insígnia de Portland no topo.De costas,parecia bem jovem. Algumas outras meninas da classe lhe deram um olhar apreciativo e malicioso,conforme elas iam encontrando um lugar para sentar,uma delas até assobiou.
-Eu sei que eu sou o cara novo -disse ele,escrevendo "professor de Literatura" abaixo de seu nome,que ainda não era possível de ser visto- mas recebi esse comunicado da coordenação.Que diz que é proibido dormir na classe. -E então ele se virou.O comunicado saiu voando de sua mão até o chão de linóleo.Imediatamente senti minha boca secar.Meu coração bateu mais forte.Minhas mãos ficaram geladas.Meus olhos se arregalaram.Fiquei totalmente imóvel.De pé,diante da classe,estava Zac.O meu Zac,parecendo adorável,usando uma gravata e blazer de Portland com o cabelo bem-penteado,os botões corretamente abotoados e uma pasta de couro com o planejamento das aulas debaixo do braço esquerdo.De pé,ao lado do quadro negro,e escrevendo"Sr.Efron,professor de Literatura".Ele me olhou e seu rosto perdeu a cor.Sua expressão era chocante.Ele balbuciou algo.
-Merda.
   Para piorar,toda a classe se virou para ver quem ele estava olhando.Eu não queria mais olhar para eles,então olhei para baixo.Apesar de nós estarmos,os dois,totalmente pasmos,nossos pensamentos com certeza eram os mesmos.
        ....Ah,meu Deus...

Por Deus,o quê o Zac ta fazendo ali?Como ele foi para ali?Qual será a reação da Vanessa quanto a isso?E os dois?Como poderão manter o relacionamento agora?O quê vai acontecer?
    ...Estas e outras perguntas serão respondidas no capitulo 4,NÃO PERCA!!! 

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Olha antes que vcs comecem a me estrangular por terminar o capitulo aqui,justamente aqui...kkk...ñ foi  culpa minha.Agora eu tenho horário no PC e ele acaba de terminar.Então,culpem minha mãe,não eu.Postarei o capitulo 4 assim que puder,mas já estou até com medo de prometer as coisas aqui no blog pq sempre da algo errado.Da outra vez foi por causa das minhas provas,graças a Deus passei em tudo.Mas desta vez foi algo bem mas sério.Eu sofri um acidente,mas não vou dar detalhes e nem me aprofundar no assunto pois quero esquecer oq ouve.Mas não se preocupem q eu já estou muuuito melhor,não teve nenhuma consequência grave,nem complicações,amém!Caso contrário,eu não estaria aqui postando não é mesmo?Mas é extremamente gratificante para mim ver q vcs continuam acompanhando o blog,e é isso q me motiva a continuar escrevendo não deixando de postar apesar dos vários problemas,além do mais,todos temos problemas não estou certa?Desistir por um obstáculo só te faz ser um fraco e por isso eu vou continuar,espero que ainda tenha sobrado algum leitor kkkkk...Bom,então é isso,agradeço a todos pela paciência e espero q todos se divirtam lendo a história,fiz um capitulo super especial para compensar a demora.Beijos,tchau!   

Repondendo aos comentários~>

Margarida:Obrigada amr,espere pelo próximo.Aguardo seu comentário! ;)
Margarida de Oliveira:E mais uma vez vc enche a minha bola,tô te avisando q meu Ego é enorme run...escute a voz da experiência! kkkk...Muita obrigada,vc está sempre aki comentando e eu agradeço muito por isso.Não me acho a pessoa mais profunda do mundo mas quando começo a escrever não consigo mais parar..tenso#...Espero q goste do capitulo!
.Taty':Com certeza,mentira tem perna curta e a Vany só se deu mal com isso kkkk,mas agora ela realmente se ferrou.Logo quem é o professor dela,meu pai,até eu tô imaginando como tirá-la dessa fria,tadinha.Obrigada pelo comentário,te espero nesse post e no próximo tbm. :*
L♥:Realmente,exageraram pra valer e olha q pareciam ser os mais calmos do mundo não?kkk Ah,sinto muito,mas um dia vc ainda vê a Vany,visite Portland,tem uma sociedade secreta de bruxos aqui tbm,lançarei um dos meus feitiços lá vai...salário monetário,eu quero seu comentário!kkk,q horror!!!,Mas bom,ainda estou me aperfeiçoando,dê um desconto.Bjks,espero q goste do post.
.Paula: AAAAAAA,temos mesmo q arranjar outro meio de começar um comentário né?Só na base do grito não da.kkkk.Te adoro metadinha,brigado por comentar.Pois é mesmo uma pena ela não ter conseguido se despedir,mas tbm,ele saiu do país...fazer oq?Q bom q eles se reencontraram,pena q de uma forma não esperada e traumatizante kkkk.Como será q ele foi para lá?Quer saber?Então espera HAHAHAHA ñ conto! kkkk,até o capitulo 4 amore,beijos!

.Obs:Lary,obrigada pela indicação de mais um selinho de qualidade.Nuss,super feliz!Nesse post não pude fazê-lo mas no próximo pode deixar q ele vai estar aqui.